Investimento Imobiliário: Apartamento na Planta ou Pronto?

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Investimento Imobiliário: Apartamento na Planta ou Pronto?

Analisando os Prós e Contras de Cada Opção para Tomar a Melhor Decisão de Investimento!

 

Introdução

 

Investir no mercado imobiliário é uma decisão estratégica que requer uma análise cuidadosa dos diferentes fatores que influenciam o sucesso do investimento. Entre as várias opções disponíveis, a escolha entre adquirir um apartamento na planta ou pronto para morar é uma das mais significativas. Neste artigo, exploraremos em detalhes as características, vantagens e desvantagens de cada alternativa, ajudando investidores a tomar decisões informadas com base em suas necessidades e objetivos específicos. Ao longo dos 10 tópicos seguintes, abordaremos os principais aspectos a serem considerados, ilustrando com exemplos práticos de como cada opção pode impactar o retorno sobre o investimento.

 

Custo Inicial e Condições de Pagamento

 

Uma das primeiras diferenças que se nota ao comparar apartamentos na planta com aqueles prontos para morar é o custo inicial. Geralmente, adquirir um imóvel na planta requer um investimento menor em termos de entrada e oferece condições de pagamento mais flexíveis. Por exemplo, um comprador pode dividir a entrada em parcelas mensais durante a construção, reduzindo o impacto financeiro imediato. Em contrapartida, adquirir um imóvel pronto normalmente exige uma entrada mais substancial e o saldo financiado por um período menor.

Esse cenário pode ser mais favorável para investidores com capital limitado, que podem aproveitar o período de construção para organizar suas finanças. Por exemplo, ao comprar um apartamento na planta por R$ 300.000, o investidor pode pagar R$ 50.000 de entrada em 10 parcelas de R$ 5.000, enquanto o saldo pode ser quitado ao longo dos próximos dois anos. Já para um apartamento pronto com o mesmo valor, a entrada pode ser de R$ 100.000, com o saldo financiado em menos tempo, aumentando as parcelas mensais.

Outra vantagem do imóvel na planta é a possibilidade de ajustar o fluxo de caixa ao longo do período de construção, enquanto no caso do imóvel pronto, o comprador precisa estar preparado para comprometer uma parcela maior da sua renda imediatamente. Investidores que possuem maior liquidez podem preferir o imóvel pronto, devido à possibilidade de gerar receita com aluguel de forma mais rápida.

 

Valorização e Retorno sobre o Investimento

 

A valorização do imóvel é um fator crucial na decisão de investir, e os imóveis na planta oferecem um potencial de valorização significativo. Ao comprar um apartamento na planta, o investidor paga um valor geralmente inferior ao preço de mercado esperado para o imóvel quando ele estiver pronto. Um exemplo comum é a compra de um imóvel por R$ 200.000 durante a construção, que pode valorizar para R$ 250.000 ou mais quando estiver concluído.

Por outro lado, imóveis prontos já possuem seu valor de mercado definido, e a valorização tende a ocorrer de forma mais gradual. Em áreas urbanas consolidadas, por exemplo, um apartamento pronto de R$ 400.000 pode valorizar para R$ 420.000 em um ano, dependendo das condições do mercado e da localização. A valorização em imóveis prontos depende mais de fatores externos, como melhorias na infraestrutura da região ou aumento da demanda local.

Investidores que buscam retornos rápidos e estão dispostos a assumir riscos podem achar a compra na planta mais atraente. No entanto, aqueles que preferem a segurança de um investimento com valorização mais previsível podem optar por imóveis prontos. A escolha entre um e outro depende da estratégia de investimento, do prazo esperado para retorno e da tolerância ao risco.

 

Riscos Associados ao Imóvel na Planta

 

Apesar das vantagens financeiras, adquirir um imóvel na planta envolve riscos que não estão presentes na compra de um imóvel pronto. Um dos riscos mais comuns é o atraso na entrega da obra. Por exemplo, uma construtora pode prometer a entrega do apartamento em 24 meses, mas problemas como atrasos no licenciamento ou dificuldades financeiras podem prolongar o prazo. Isso afeta diretamente o plano de investimento, especialmente se o objetivo for a revenda ou o aluguel do imóvel logo após a entrega.

Outro risco é a possibilidade de a construtora enfrentar dificuldades financeiras ou até falir antes da conclusão do projeto, deixando os compradores em uma situação delicada. Um caso real ocorreu com uma construtora que entrou em recuperação judicial, atrasando a entrega de um empreendimento em mais de dois anos e causando prejuízos significativos aos investidores.

A qualidade do imóvel também é uma preocupação. Ao comprar na planta, o investidor confia que a construtora cumprirá o que foi prometido em termos de acabamento e infraestrutura. No entanto, ao receber o imóvel, podem surgir problemas como má qualidade nos materiais ou defeitos na construção, gerando custos adicionais com reparos. Assim, é essencial pesquisar a reputação da construtora e verificar o histórico de entregas anteriores.

 

Potencial de Personalização e Customização

 

Uma das grandes vantagens de adquirir um imóvel na planta é a possibilidade de personalização. Durante a construção, muitos empreendimentos oferecem opções de layout, acabamentos e até mesmo a possibilidade de unir unidades para criar um espaço maior, conforme o desejo do comprador. Por exemplo, um investidor pode optar por remover uma parede para ampliar a sala ou escolher entre diferentes tipos de pisos e revestimentos.

Essa flexibilidade permite que o imóvel seja adaptado às necessidades específicas do investidor ou do futuro locatário, aumentando o seu valor de mercado. Um apartamento na planta pode ser transformado para atender um público-alvo específico, como jovens profissionais ou famílias, o que pode facilitar a venda ou locação futura. Em contraste, um imóvel pronto geralmente oferece menos possibilidades de personalização, a menos que o investidor esteja disposto a realizar reformas, o que envolve custos e tempo adicionais.

No entanto, essa personalização tem um custo e pode prolongar o prazo de entrega, especialmente se as modificações solicitadas forem significativas. Um exemplo seria a escolha de acabamentos de alta qualidade, que podem demandar mais tempo para instalação e aumentar o preço final do imóvel. Investidores que preferem evitar esse tipo de imprevisto podem optar por imóveis prontos, onde a estrutura já está definida e não há necessidade de decisões adicionais.

 

Liquidez e Facilidade de Venda

 

A liquidez é um fator crucial a ser considerado na escolha entre um apartamento na planta ou pronto. Imóveis prontos tendem a oferecer maior liquidez, pois podem ser imediatamente colocados à venda ou para locação, gerando receita em um prazo mais curto. Por exemplo, um apartamento pronto em uma região valorizada pode ser vendido em poucas semanas, enquanto um imóvel na planta pode demorar anos para ser comercializado, dependendo do estágio da obra.

Por outro lado, a liquidez de um imóvel na planta pode ser limitada durante o período de construção, especialmente em fases iniciais. Um investidor que precisa vender antes da conclusão da obra pode enfrentar dificuldades, pois o mercado para imóveis ainda em construção é geralmente mais restrito. Além disso, o valor de revenda pode ser inferior ao esperado se o mercado imobiliário estiver em declínio ou se surgirem imprevistos na obra.

No entanto, após a conclusão e entrega, a liquidez de um imóvel na planta pode aumentar significativamente, especialmente se o empreendimento estiver localizado em uma área de alta demanda. Por exemplo, um apartamento em um novo condomínio com infraestrutura moderna e localização privilegiada pode se tornar muito atraente para compradores e locatários, facilitando a venda ou o aluguel. Investidores que priorizam a liquidez imediata podem preferir imóveis prontos, enquanto aqueles que podem esperar e estão dispostos a assumir riscos podem considerar o imóvel na planta.

 

Impacto da Localização

 

A localização é um fator determinante no sucesso de um investimento imobiliário, e tanto os imóveis na planta quanto os prontos têm suas particularidades nesse aspecto. Imóveis prontos em áreas consolidadas, como centros urbanos ou bairros com infraestrutura completa, tendem a ter um valor de mercado mais estável e uma demanda constante. Por exemplo, um apartamento em um bairro tradicional pode ser uma aposta segura, com alta procura para venda ou locação.

Por outro lado, imóveis na planta frequentemente estão localizados em áreas em desenvolvimento, onde o potencial de valorização pode ser maior. Um exemplo disso é um empreendimento em um bairro em expansão, onde novas infraestruturas, como shopping centers e estações de metrô, estão sendo construídas. Nesses casos, o investidor pode comprar a preços mais baixos, esperando que a valorização ocorra conforme a região se desenvolve.

Entretanto, esse potencial de valorização em áreas em desenvolvimento vem acompanhado de incertezas. Se o desenvolvimento planejado não se concretizar ou se houver atrasos na implementação de infraestrutura, o valor do imóvel pode não crescer conforme o esperado. Um caso real ocorreu em uma cidade onde um projeto de expansão do metrô foi cancelado, afetando negativamente os valores imobiliários da região. Investidores que preferem minimizar esses riscos podem optar por imóveis prontos em áreas já consolidadas.

 

Tributação e Custos de Transferência

 

Os custos tributários e de transferência são fatores importantes a serem considerados ao decidir entre um apartamento na planta ou pronto. Imóveis na planta podem oferecer vantagens fiscais, como a isenção ou redução do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) em algumas cidades durante o período de construção. Um exemplo disso é uma cidade que oferece 50% de desconto no ITBI para imóveis comprados na planta, reduzindo significativamente os custos iniciais de aquisição.

Além disso, alguns municípios permitem que o ITBI seja pago apenas na entrega das chaves, o que pode ajudar no planejamento financeiro do investidor. Em contrapartida, a compra de um imóvel pronto normalmente exige o pagamento do ITBI no momento da assinatura do contrato, além de outras taxas, como a de registro e escritura, que devem ser pagas de imediato.

Outro aspecto a considerar são os custos com escritura e registro, que podem variar conforme o tipo de imóvel e sua localização. No caso de imóveis na planta, esses custos podem ser diluídos ao longo do tempo ou até incluídos no financiamento, enquanto para imóveis prontos, o investidor deve estar preparado para arcar com esses custos logo no início. A escolha entre um e outro também pode ser influenciada pelo planejamento tributário do investidor, que deve considerar todos os custos envolvidos na transação.

 

Disponibilidade de Financiamento

 

A disponibilidade de financiamento é um ponto crucial para muitos investidores, e a escolha entre um imóvel na planta ou pronto pode ser influenciada por isso. Imóveis na planta geralmente são financiados diretamente pela construtora durante a construção, com o saldo sendo quitado no momento da entrega, quando o comprador pode optar por um financiamento bancário. Por exemplo, um comprador pode pagar 30% do valor durante a obra e financiar o restante com um banco após a entrega das chaves.

Já para imóveis prontos, o financiamento bancário é mais comum e pode ser obtido imediatamente, com prazos e condições variadas dependendo do perfil do comprador e do imóvel. Um investidor pode, por exemplo, financiar até 80% do valor de um apartamento pronto, com taxas de juros e prazos definidos já no momento da compra. Essa previsibilidade é atrativa para quem busca segurança e planejamento a longo prazo.

No entanto, é importante considerar que as condições de financiamento podem variar conforme o cenário econômico. Durante períodos de alta nas taxas de juros, o custo do financiamento pode aumentar, impactando o retorno sobre o investimento. Investidores que planejam utilizar financiamento devem estar atentos às tendências do mercado e escolher a opção que oferece melhores condições financeiras, considerando tanto o imóvel na planta quanto o pronto.

 

Impacto do Cenário Econômico

 

O cenário econômico tem um impacto direto no mercado imobiliário, e a escolha entre um apartamento na planta ou pronto pode depender das condições econômicas do momento. Durante períodos de crescimento econômico, a demanda por imóveis tende a aumentar, impulsionando a valorização tanto de imóveis na planta quanto prontos. Por exemplo, em um período de expansão econômica, um imóvel na planta pode valorizar em 20% ao longo de dois anos, enquanto um imóvel pronto pode ter uma valorização de 10% no mesmo período.

Em contrapartida, durante crises econômicas, a demanda por imóveis pode diminuir, afetando a liquidez e a valorização dos imóveis. Investidores que compraram imóveis na planta podem enfrentar dificuldades em revender ou alugar, especialmente se a construção for prolongada devido a problemas financeiros da construtora. Um exemplo é a crise de 2015 no Brasil, onde muitos empreendimentos tiveram suas vendas desaceleradas e a entrega foi adiada, prejudicando os investidores.

Por outro lado, imóveis prontos em regiões consolidadas podem se comportar como ativos mais estáveis durante crises, mantendo seu valor ou sofrendo depreciação menor. Investidores que buscam minimizar os impactos de flutuações econômicas podem optar por imóveis prontos, enquanto aqueles que estão dispostos a aproveitar ciclos econômicos de crescimento podem preferir investir em imóveis na planta.

 

Planejamento e Horizonte de Investimento

 

O horizonte de investimento é outro fator determinante na escolha entre um apartamento na planta ou pronto. Imóveis na planta são mais indicados para investidores com um horizonte de médio a longo prazo, que podem esperar o tempo necessário para a valorização durante a construção e após a entrega. Um exemplo é um investidor que planeja revender o imóvel em cinco anos, após o bairro se consolidar e o empreendimento ser totalmente entregue.

Por outro lado, investidores com um horizonte de curto prazo podem preferir imóveis prontos, que permitem uma comercialização imediata ou a geração de renda através de aluguel. Um exemplo seria um investidor que adquire um apartamento pronto em uma área com alta demanda por locação, garantindo um fluxo de caixa positivo desde o primeiro mês.

O planejamento é essencial em ambas as opções, e o investidor deve alinhar sua estratégia com o prazo esperado para retorno. Aqueles que podem aguardar um retorno mais longo e estão dispostos a enfrentar possíveis imprevistos podem se beneficiar dos imóveis na planta, enquanto investidores que preferem segurança e retorno mais imediato podem encontrar melhores oportunidades em imóveis prontos.

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Colunista

Luiz Carlos Da Silva Oliveira

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