Publicado em 17/09/2024
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Técnicas para encontrar e anunciar imóveis pouco explorados no mercado.
Introdução
A captação de imóveis desocupados e pouco anunciados é um dos grandes desafios para corretores e investidores do mercado imobiliário. A escassez de propriedades pode gerar grandes oportunidades, já que a concorrência é menor e o potencial de valorização pode ser mais significativo. No entanto, para ter sucesso, é necessário desenvolver estratégias eficientes que combinem técnicas de prospecção com uma boa rede de contatos. Neste artigo, discutiremos em sete tópicos as melhores práticas para captar esses imóveis, abordando desde a análise de mercado até o uso de tecnologia e marketing.
Analisando o Mercado para Identificar Imóveis Desocupados
Antes de iniciar a captação, o primeiro passo é realizar uma análise detalhada do mercado imobiliário local. Identificar regiões onde há maior concentração de imóveis desocupados pode economizar tempo e aumentar a eficiência do trabalho. Ferramentas de geolocalização e mapeamento de dados públicos são essenciais para essa análise. Um exemplo de sua aplicação seria o uso de mapas de calor para detectar áreas com alto índice de rotatividade residencial. Outro exemplo é a consulta a cadastros municipais que indiquem propriedades com IPTU atrasado ou sem atividade econômica recente, pois muitas vezes esses imóveis estão desocupados.
Além disso, estudar tendências demográficas e econômicas da região é crucial. Por exemplo, regiões que passaram por processos de gentrificação podem apresentar imóveis antigos desocupados, cujo valor pode ser substancialmente elevado após reformas. Da mesma forma, áreas que sofreram esvaziamento populacional devido à migração para centros urbanos maiores, como em certas zonas rurais ou industriais, também podem oferecer oportunidades para captação.
O uso de plataformas de Big Data pode complementar a análise tradicional, cruzando dados de consumo de energia elétrica e água para identificar imóveis sem ocupação recente. Um exemplo disso seria o uso de dados de concessionárias que, ao indicarem baixo consumo, podem apontar um imóvel que esteja há meses sem uso regular. Outra técnica é observar a baixa frequência de transações imobiliárias em determinadas regiões, um sinal de que a área pode ter propriedades pouco exploradas.
Corretores que trabalham com imóveis comerciais também podem aproveitar dados de zoneamento para identificar empreendimentos que perderam atratividade em função de mudanças na legislação ou perfil do público. Áreas comerciais desvalorizadas podem esconder boas oportunidades, especialmente se a região estiver em processo de revitalização. Por exemplo, bairros industriais que estão se transformando em zonas residenciais ou de escritórios podem ter imóveis que passaram despercebidos.
Em resumo, a análise detalhada do mercado, apoiada em dados e tecnologias de ponta, é essencial para identificar imóveis desocupados e pouco anunciados. Este conhecimento é o alicerce para um processo de captação bem-sucedido, permitindo que o corretor ou investidor foque seus esforços nas áreas mais promissoras.
Utilizando Redes de Relacionamento para Prospecção
Além da análise de dados, as redes de relacionamento desempenham um papel crucial na captação de imóveis desocupados. Corretores com boas conexões no mercado têm mais chances de serem informados sobre propriedades antes de serem anunciadas publicamente. Um exemplo prático é o relacionamento com síndicos de condomínios, que frequentemente sabem quais apartamentos estão desocupados ou com proprietários desinteressados em alugar ou vender imediatamente.
Manter contato frequente com outros corretores também pode abrir portas. Mesmo que o imóvel não esteja diretamente disponível, a troca de informações dentro do mercado pode levar a boas oportunidades. Um exemplo disso é participar de associações de classe ou grupos profissionais de corretores, onde membros compartilham informações sobre novas oportunidades antes que essas cheguem ao mercado aberto.
Advogados que lidam com inventários ou partilhas de bens são outra fonte valiosa de informação. Imóveis desocupados frequentemente surgem durante processos judiciais, e manter uma rede de contatos com esses profissionais pode ajudar o corretor a estar à frente da concorrência. Da mesma forma, contatos em cartórios podem fornecer insights sobre processos de transferência de propriedade, especialmente em casos de heranças, onde os novos proprietários podem não ter interesse em manter o imóvel.
Além disso, a construção de uma relação sólida com investidores é outra via eficaz para a captação. Investidores muitas vezes têm imóveis desocupados que não estão anunciados no mercado convencional, esperando uma valorização futura ou reformulação do imóvel. Por exemplo, um investidor pode ter comprado uma série de propriedades em um bairro em desenvolvimento, mas ainda não decidiu quando colocar os imóveis à venda.
Participar de eventos do setor imobiliário, como feiras e seminários, também pode expandir a rede de contatos e facilitar a captação. Esses eventos reúnem uma diversidade de players do mercado, desde proprietários até grandes investidores. Um exemplo é a participação em feiras regionais de imóveis, onde é possível obter contatos diretos de proprietários de imóveis ainda não colocados no mercado.
Em resumo, a prospecção através de redes de relacionamento requer uma postura ativa e constante atualização. O corretor ou investidor que investe tempo em cultivar essas conexões pode ganhar acesso privilegiado a imóveis desocupados e pouco anunciados, aumentando suas chances de sucesso no mercado.
Identificando Imóveis por Meio de Dados Públicos e Cartórios
A utilização de dados públicos é uma das formas mais eficazes para identificar imóveis desocupados e pouco anunciados. Informações como registros de IPTU, cadastros de água e energia e registros de cartórios podem revelar imóveis que estão sem uso ou com baixa ocupação. Por exemplo, uma propriedade com IPTU pago com atraso pode indicar falta de interesse do proprietário em manter o imóvel, apontando para uma oportunidade de captação.
Além disso, os registros de cartórios são fundamentais para identificar imóveis que passaram por processos de herança ou disputas judiciais. Muitos desses imóveis permanecem desocupados durante anos, até que a situação legal seja resolvida. Um exemplo típico é um imóvel herdado por múltiplos herdeiros que, por desinteresse ou falta de acordo, deixam a propriedade sem uso ou manutenção, abrindo uma janela para negociação com corretores.
Outra fonte importante são os leilões públicos. Imóveis que foram a leilão por inadimplência de impostos ou hipotecas são, em grande parte, desocupados ou subutilizados. Um exemplo disso seria o acompanhamento de editais de leilões municipais ou judiciais, onde muitas vezes imóveis pouco explorados ou com problemas legais podem ser adquiridos por preços inferiores ao mercado.
O mapeamento de dados fornecidos por órgãos como prefeituras e concessionárias também pode ser uma fonte valiosa. Por exemplo, um imóvel com consumo de água muito baixo por vários meses seguidos pode estar desocupado. Da mesma forma, imóveis que possuem grande área de terreno, mas não estão sendo utilizados para sua plena capacidade, podem ser boas opções para captação.
Corretores também podem fazer uso de dados de ocupação urbana, que identificam áreas com baixa densidade populacional em comparação à infraestrutura disponível. Um exemplo seria regiões com grandes glebas de terra subutilizadas que poderiam ser transformadas em empreendimentos residenciais ou comerciais. Essas áreas, muitas vezes fora do radar, podem representar ótimas oportunidades de investimento.
Em resumo, o uso de dados públicos e registros cartoriais oferece uma visão detalhada sobre o mercado de imóveis desocupados. Quando cruzados com outras informações do setor, esses dados permitem uma captação mais assertiva e focada em imóveis com alto potencial de negociação.
Explorando Técnicas de Prospecção Digital
Nos últimos anos, as ferramentas digitais se tornaram essenciais para a captação de imóveis desocupados e pouco anunciados. A prospecção online permite que corretores e investidores atinjam um público maior e encontrem imóveis que, de outra forma, seriam difíceis de localizar. Um exemplo é o uso de plataformas como OLX e Facebook Marketplace, onde proprietários costumam anunciar diretamente, muitas vezes sem passar por imobiliárias.
Além disso, as redes sociais são um excelente meio de prospecção passiva e ativa. Corretores podem utilizar anúncios direcionados para atingir proprietários que não estão comercializando seus imóveis de forma ativa. Um exemplo disso é a criação de campanhas no Instagram ou Google Ads voltadas para perfis de usuários que têm propriedades em regiões específicas, mas que ainda não pensaram em vendê-las.
Outra técnica eficaz é o monitoramento de sites de leilões e imóveis abandonados. Plataformas especializadas podem ajudar a identificar propriedades que foram a leilão por falta de pagamento de impostos ou dívidas. Um exemplo prático é o uso de sites como Leilões Judiciais, onde imóveis muitas vezes desocupados são oferecidos com valores abaixo do mercado, permitindo a captação de boas oportunidades.
O uso de inteligência artificial e Big Data também está transformando a captação digital. Ferramentas como algoritmos de machine learning podem prever quais imóveis têm maior probabilidade de serem desocupados em um futuro próximo, com base em padrões de comportamento dos proprietários. Um exemplo é o uso de IA para analisar padrões de venda em uma determinada área e prever o momento ideal para abordar o proprietário.
Portais imobiliários, como ZAP Imóveis e Viva Real, também oferecem insights valiosos através de anúncios desatualizados ou que já foram retirados do ar. Um exemplo disso seria o acompanhamento de imóveis que estavam listados, mas cuja venda não foi concretizada, indicando a possibilidade de o imóvel ainda estar desocupado e disponível para negociação direta com o proprietário.
Em resumo, a prospecção digital, quando bem utilizada, pode acelerar significativamente o processo de captação de imóveis desocupados. Ao combinar técnicas de marketing digital com ferramentas de análise de dados, corretores podem acessar um número maior de oportunidades e otimizar seus resultados.
Usando o Marketing Direto para Captar Imóveis
Uma estratégia de captação que tem mostrado bons resultados é o uso de marketing direto. Essa técnica envolve a abordagem ativa de proprietários, por meio de cartas, e-mails ou telefonemas, oferecendo propostas de compra ou locação. Um exemplo clássico de marketing direto é o envio de cartas personalizadas para proprietários de imóveis em áreas de interesse, ressaltando a valorização da região e o interesse no imóvel.
O marketing direto também pode ser aplicado por meio de campanhas de e-mail marketing. Corretores podem construir listas de contatos a partir de bases de dados adquiridas legalmente e enviar propostas para aqueles que se encaixam em perfis específicos. Um exemplo seria o envio de um e-mail detalhando as vantagens de vender o imóvel antes de uma possível desvalorização do mercado, despertando o interesse de proprietários que estão hesitantes em anunciar.
Placas de "compro imóveis" ou "procuro imóveis na região" também são uma técnica tradicional que continua a funcionar, principalmente em bairros residenciais. Por exemplo, colocar uma placa em um imóvel desocupado ou em uma área estratégica pode atrair a atenção de proprietários locais que ainda não consideraram a venda. Um exemplo prático seria a instalação de uma placa em frente a um condomínio com alto índice de desocupação.
Outro exemplo de marketing direto são os panfletos e folhetos distribuídos em áreas estratégicas. Ao contrário das técnicas digitais, esse método tem a vantagem de atingir diretamente o público local. Um exemplo prático seria a distribuição de folhetos em áreas residenciais com a mensagem "Estamos em busca de imóveis desocupados para nossos clientes", destacando o nome do corretor e os benefícios de negociar diretamente.
A participação em eventos locais, como feiras de bairro e eventos comunitários, também pode ser considerada uma forma de marketing direto. Nessas ocasiões, os corretores podem distribuir material informativo e fazer contato direto com proprietários que podem estar considerando vender seus imóveis. Por exemplo, participar de reuniões de associações de moradores pode abrir portas para oportunidades de captação direta.
Em resumo, o marketing direto é uma técnica eficaz para captação de imóveis desocupados, pois permite a abordagem personalizada e direta do proprietário. Quando alinhada com uma boa estratégia de comunicação, essa técnica pode gerar leads de alta qualidade e antecipar oportunidades que ainda não foram listadas no mercado.
Criando Parcerias com Construtoras e Imobiliárias
Estabelecer parcerias estratégicas com construtoras e imobiliárias é outra maneira eficaz de captar imóveis desocupados. Construtoras frequentemente têm unidades desocupadas em empreendimentos recém-concluídos que ainda não foram comercializadas ou alugadas. Um exemplo é um corretor que faz parceria com uma construtora para oferecer suas unidades de estoque a um público específico, como investidores em busca de imóveis para locação.
Imobiliárias menores também podem ser excelentes parceiras para a captação de imóveis pouco anunciados. Muitas vezes, essas empresas não têm estrutura para lidar com todo o estoque de imóveis que captaram, criando uma oportunidade para corretores independentes ou imobiliárias maiores assumirem essa tarefa. Um exemplo prático seria uma imobiliária que, após captar várias propriedades, precisa terceirizar a administração ou venda de unidades desocupadas para parceiros de confiança.
Parcerias com administradoras de condomínios também podem ser frutíferas. Essas empresas têm acesso direto a proprietários de imóveis que estão desocupados por longos períodos, muitas vezes aguardando uma melhor oportunidade de mercado para venda ou locação. Um exemplo seria um corretor que faz parceria com a administradora de um condomínio de alto padrão para captar imóveis desocupados, oferecendo uma gestão completa da venda ou locação.
Além disso, corretoras de seguros e financeiras podem ser parceiros estratégicos. Muitas vezes, essas empresas lidam diretamente com proprietários de imóveis que não estão gerando receita, como aqueles envolvidos em processos de sinistros ou com financiamentos inadimplentes. Por exemplo, uma financeira pode recomendar um corretor parceiro para ajudar a negociar a venda de um imóvel retomado após um processo de inadimplência.
Construtoras em busca de terrenos também podem ser ótimas fontes de captação de imóveis pouco anunciados. Muitas vezes, elas buscam áreas para novos empreendimentos e mantêm terrenos desocupados até o início da construção. Um exemplo seria uma construtora que precisa vender rapidamente um terreno que não será utilizado em um projeto futuro, abrindo uma oportunidade para o corretor que está atento a essas movimentações.
Em resumo, as parcerias estratégicas com construtoras, imobiliárias e outras empresas do setor oferecem um caminho adicional para a captação de imóveis desocupados e pouco anunciados. A chave para o sucesso nesse tipo de parceria é a construção de uma relação de confiança mútua e o oferecimento de benefícios claros para ambas as partes envolvidas.
A Importância da Comunicação Efetiva na Captação
Por fim, a comunicação é um dos pilares essenciais para a captação eficaz de imóveis desocupados. Independentemente das estratégias adotadas, a maneira como o corretor ou investidor se comunica com os proprietários pode determinar o sucesso ou fracasso de uma negociação. Um exemplo disso é a criação de uma abordagem personalizada, onde o corretor demonstra conhecimento detalhado sobre o imóvel e a região, transmitindo confiança ao proprietário.
A comunicação transparente também é fundamental. Proprietários de imóveis desocupados geralmente têm receios em relação ao processo de venda ou locação, e cabe ao corretor esclarecer todas as dúvidas. Um exemplo prático seria explicar de forma clara as etapas do processo de venda, desde a avaliação do imóvel até a assinatura do contrato, eliminando qualquer incerteza por parte do proprietário.
Além disso, é importante adaptar o tom da comunicação ao perfil do proprietário. Enquanto alguns preferem um contato mais formal e detalhado, outros podem apreciar uma abordagem mais informal e direta. Um exemplo seria ajustar a linguagem ao lidar com investidores experientes, utilizando termos técnicos e dados de mercado, enquanto com proprietários de imóveis residenciais o foco pode ser nos benefícios emocionais de vender ou alugar a propriedade.
O uso de ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) pode ajudar o corretor a manter uma comunicação organizada e eficaz com cada proprietário. Um exemplo seria o uso de lembretes automáticos para acompanhar proprietários que não demonstraram interesse imediato, mas que podem estar abertos a negociações futuras.
Outra técnica eficaz é a criação de conteúdos informativos e educativos que agreguem valor ao proprietário. Um exemplo seria o envio de newsletters com análises de mercado, dicas para valorizar o imóvel e informações sobre o processo de venda, criando uma relação de confiança e credibilidade com o proprietário, mesmo antes da negociação começar.
Em resumo, a comunicação clara, eficaz e personalizada é essencial para o sucesso na captação de imóveis desocupados. Um corretor que domina essa habilidade terá mais facilidade em ganhar a confiança do proprietário e fechar bons negócios.
Conclusão
A captação de imóveis desocupados e pouco anunciados é um processo que exige uma combinação de análise de mercado, construção de relacionamentos, uso de dados públicos e técnicas de marketing eficazes. Corretores que adotam essas estratégias aumentam significativamente suas chances de sucesso, encontrando oportunidades escondidas e superando a concorrência.
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