Desvendando Os Riscos da Escritura Baixa

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Desvendando Os Riscos da Escritura Baixa

Entenda os Desafios e Implicações para Compradores e Vendedores

A compra ou venda de um imóvel é uma transação complexa que envolve uma série de documentos legais e burocráticos. Um termo que frequentemente surge durante esse processo é a "escritura baixa", que pode gerar dúvidas e preocupações tanto para compradores quanto para vendedores. Mas afinal, quais são os riscos associados a esse termo e como eles podem impactar as partes envolvidas?

A escritura baixa refere-se à declaração de um valor de venda de um imóvel inferior ao valor real de mercado. Embora possa parecer uma estratégia vantajosa para ambas as partes, essa prática pode acarretar consequências sérias. Por exemplo, para o vendedor, a escritura baixa pode resultar em uma menor arrecadação financeira, enquanto para o comprador, pode acarretar em dificuldades na obtenção de financiamento ou até mesmo em questões fiscais no futuro.

Um dos principais riscos para o vendedor ao adotar a escritura baixa é a possibilidade de enfrentar problemas com o Fisco. A Receita Federal possui mecanismos para identificar discrepâncias entre os valores declarados e os valores de mercado, podendo questionar a transação e aplicar multas e penalidades. Além disso, ao declarar um valor de venda inferior, o vendedor pode estar sujeito a tributações mais altas sobre ganho de capital.

Por outro lado, o comprador também enfrenta desafios ao participar de uma transação com escritura baixa. Um dos principais problemas é a dificuldade em obter financiamento junto às instituições financeiras. Os bancos geralmente realizam uma avaliação do imóvel para determinar o valor máximo do empréstimo, e uma escritura baixa pode resultar em um valor de avaliação inferior ao necessário para o financiamento desejado.

Além disso, a escritura baixa pode gerar desconfiança entre as partes envolvidas na transação. O comprador pode questionar a honestidade do vendedor e temer que existam outras questões não declaradas sobre o imóvel. Da mesma forma, o vendedor pode se sentir desconfortável ao saber que o comprador está disposto a participar de uma transação potencialmente arriscada.

Para mitigar os riscos associados à escritura baixa, é fundamental que as partes envolvidas busquem orientação jurídica especializada. Um advogado imobiliário pode auxiliar na elaboração do contrato de compra e venda, garantindo que todos os termos estejam claros e protegendo os interesses de ambas as partes. Além disso, é importante realizar uma avaliação precisa do imóvel para estabelecer um valor justo de mercado.

Em resumo, embora a escritura baixa possa parecer uma solução rápida e conveniente para ambas as partes em uma transação imobiliária, os riscos associados a essa prática são significativos. Tanto compradores quanto vendedores devem estar cientes das possíveis consequências e buscar aconselhamento profissional para garantir uma negociação justa e segura.

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Colunista

Luiz Carlos Da Silva Oliveira

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