Publicado em 20/08/2024
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Passo a Passo para Obter o Documento que Comprova a Quitação do Seu Imóvel Financiado pela Caixa Econômica Federal
A Importância do Termo de Quitação de Financiamento Imobiliário
O termo de quitação é um documento essencial que comprova a quitação total de um financiamento imobiliário, sendo necessário para formalizar a propriedade plena do imóvel. Sem esse documento, mesmo após quitar o financiamento, o imóvel continua registrado com a alienação fiduciária, ou seja, com a garantia de pagamento vinculada ao banco. Para o proprietário que quitou um financiamento há 15 anos, mas ainda não solicitou o termo de quitação, é essencial entender o processo para regularizar a situação. Por exemplo, ao vender o imóvel ou obter um financiamento sobre ele, o registro em cartório sem o termo de quitação pode gerar entraves. Portanto, garantir a posse desse documento é fundamental para a segurança jurídica do bem.
O Que é o Termo de Quitação e Sua Função no Registro do Imóvel
O termo de quitação é um documento emitido pelo banco que confirma a liquidação total do financiamento, liberando o imóvel de quaisquer ônus e permitindo o registro de sua propriedade plena em nome do mutuário. Sem esse termo, o registro do imóvel permanece com a condição de "alienado", o que impede a transferência de propriedade ou a realização de outras operações jurídicas. Por exemplo, se o proprietário decide vender o imóvel, ele precisará apresentar o termo de quitação ao cartório para atualizar a matrícula do imóvel e concluir a transação. Esse termo, portanto, é um passo indispensável para garantir que o imóvel esteja 100% desonerado e pronto para qualquer tipo de negociação futura.
Como Solicitar o Termo de Quitação à Caixa Econômica Federal?
Para solicitar o termo de quitação junto à Caixa Econômica Federal, o primeiro passo é procurar a agência onde o financiamento foi contratado ou acessar o internet banking, caso seja correntista. O processo envolve a apresentação de documentos pessoais, como RG, CPF e comprovante de residência, além do contrato original do financiamento. Por exemplo, se o financiamento foi quitado em 2008, o cliente deve apresentar os comprovantes de quitação ou o extrato final que mostre o saldo zerado. A Caixa então verifica os dados e emite o termo de quitação. Em geral, o prazo para a emissão varia de alguns dias a algumas semanas, dependendo da complexidade do caso e da existência de pendências no sistema.
Procedimentos em Caso de Dificuldade na Emissão do Termo de Quitação
Em situações onde o proprietário quitou o financiamento há muitos anos, como no exemplo de 15 anos atrás, pode haver dificuldades adicionais para obter o termo de quitação. Por exemplo, se a documentação original não foi preservada ou se o sistema da Caixa não reconhece automaticamente a quitação, o processo pode se estender. Nesse caso, é recomendável formalizar a solicitação por escrito e acompanhar o andamento junto à agência responsável. Em alguns casos, a intervenção de um advogado especializado pode ser necessária para exigir a emissão do termo de quitação, especialmente se houver resistência ou demora por parte do banco. Garantir a posse de documentos antigos, como extratos bancários ou recibos, pode facilitar o processo.
Registro do Termo de Quitação no Cartório de Imóveis
Após obter o termo de quitação, o próximo passo é levá-lo ao cartório de registro de imóveis para atualizar a matrícula e formalizar a propriedade plena do bem. Essa etapa é crucial para garantir que o imóvel esteja desonerado e que não haja mais vínculos de dívida com a instituição financeira. No cartório, o proprietário deve apresentar o termo de quitação juntamente com a matrícula atualizada e documentos pessoais. Por exemplo, ao entregar o termo de quitação, o cartório fará a averbação na matrícula, removendo a alienação fiduciária e confirmando a quitação. Esse procedimento tem custos, que variam conforme o estado e o valor do imóvel, mas é indispensável para a regularização total do bem.
Custos Envolvidos no Processo de Regularização e Registro do Imóvel
Embora a emissão do termo de quitação pela Caixa não envolva custos diretos, o registro da quitação no cartório gera despesas. Esses custos incluem a taxa de averbação e possíveis emolumentos exigidos pelo cartório de registro de imóveis. Por exemplo, para um imóvel avaliado em R$ 300.000, a taxa de averbação pode variar entre R$ 200 e R$ 500, dependendo do estado. Além disso, em alguns casos, pode ser necessário pagar por atualizações na documentação, como a certidão de matrícula atualizada. É importante que o proprietário esteja ciente desses custos ao planejar a regularização do imóvel, garantindo que todas as etapas sejam cumpridas de forma correta e que o bem esteja completamente desimpedido para futuras negociações.
Implicações Legais de Não Obter o Termo de Quitação
Deixar de solicitar o termo de quitação, mesmo após 15 anos da quitação do financiamento, pode gerar problemas legais e dificultar a transferência ou comercialização do imóvel. Sem o termo, o imóvel permanece registrado como alienado fiduciariamente, o que pode criar barreiras em caso de venda, doação ou herança. Por exemplo, em uma partilha de bens, se o imóvel ainda estiver registrado com a dívida associada, mesmo quitada, os herdeiros terão dificuldades em regularizar a posse. Além disso, o banco pode, em casos extremos, questionar a quitação se não houver registro formal no cartório. Por isso, é essencial garantir que o termo seja emitido e registrado o quanto antes.
Alternativas para Resolver Pendências em Casos de Quitação Antiga
Se a solicitação do termo de quitação enfrenta entraves, como a ausência de documentos ou a dificuldade de comprovar o pagamento total, o proprietário pode recorrer a alternativas legais. Uma delas é solicitar uma ação de consignação em pagamento ou de declaração de quitação, onde o juiz pode determinar que o banco emita o termo. Por exemplo, se o cliente tem apenas comprovantes parciais ou extratos antigos, ele pode utilizar esses documentos como prova em uma ação judicial. Outra opção é recorrer ao PROCON ou ao Banco Central para formalizar uma reclamação, pressionando a instituição financeira a regularizar a situação. O acompanhamento por um advogado especializado em direito imobiliário pode acelerar o processo e garantir o cumprimento das obrigações pelo banco.
Como Prevenir Problemas Futuramente: Manutenção de Documentos
Para evitar complicações na emissão do termo de quitação, é fundamental que o proprietário mantenha todos os documentos relacionados ao financiamento organizados e atualizados. Isso inclui os contratos, comprovantes de pagamento, extratos bancários e quaisquer correspondências com o banco. Por exemplo, mesmo após a quitação do financiamento, é recomendável guardar os comprovantes por pelo menos 20 anos, já que questões podem surgir mesmo após longos períodos. A digitalização desses documentos também é uma prática recomendada, garantindo acesso fácil em caso de necessidade futura. Ter um histórico completo e acessível facilita a emissão do termo de quitação e agiliza o processo de registro no cartório.
Considerações Finais: A Regularização do Imóvel e a Segurança Jurídica
A obtenção do termo de quitação e a atualização da matrícula do imóvel são passos fundamentais para garantir a segurança jurídica da propriedade. Sem esses procedimentos, o imóvel permanece tecnicamente vinculado ao banco, o que pode gerar problemas em futuras transações. Mesmo para quem quitou o financiamento há muitos anos, é crucial regularizar a situação o quanto antes, garantindo que o imóvel esteja livre de ônus. Além disso, manter a documentação em dia e acompanhar de perto o processo de solicitação junto à Caixa é essencial para evitar contratempos. Com o termo de quitação devidamente registrado, o proprietário tem a tranquilidade de possuir a propriedade plena do bem, sem restrições para venda ou outras operações.
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