Qual a Diferença Entre Apartamento na Planta e Lançamento?

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Qual a Diferença Entre Apartamento na Planta e Lançamento?

Entenda as Características e Vantagens de Cada Fase no Mercado Imobiliário

 

Introdução – Conceitos de Apartamento na Planta e Lançamento

 

No mercado imobiliário, os termos "apartamento na planta" e "lançamento" são frequentemente usados, mas é importante entender que eles têm significados distintos. A confusão entre esses termos é comum entre compradores, especialmente aqueles que estão adquirindo o primeiro imóvel ou que ainda não têm familiaridade com as etapas de um empreendimento imobiliário. Saber a diferença entre essas duas fases pode ajudar a tomar decisões mais acertadas, tanto do ponto de vista financeiro quanto de planejamento.

Um apartamento na planta refere-se a uma unidade que ainda está em fase de projeto e construção. Nesse estágio, o comprador adquire o imóvel com base em plantas, maquetes e simulações digitais, antes de o prédio estar construído. Já o lançamento imobiliário é a etapa inicial de vendas do empreendimento, quando as unidades começam a ser ofertadas ao público. O lançamento pode ocorrer tanto para imóveis na planta quanto para unidades que já estão em construção, sendo uma estratégia de marketing para atrair os primeiros compradores.

Neste artigo, vamos explorar as diferenças entre apartamentos na planta e lançamentos, destacando as características, vantagens e riscos de cada fase. Ao entender como funciona cada etapa, você estará mais preparado para avaliar qual opção se alinha melhor às suas expectativas e objetivos financeiros.

 

O Que É um Apartamento na Planta?

 

O termo "apartamento na planta" refere-se à fase em que o imóvel ainda não foi construído e o comprador adquire a unidade com base em plantas arquitetônicas e materiais promocionais. Nesse estágio, as vendas ocorrem antes mesmo do início das obras ou quando elas estão em estágio inicial. Comprar um imóvel na planta oferece algumas vantagens, como a possibilidade de personalizar acabamentos e o preço mais acessível, já que, quanto mais cedo na fase de construção, maior tende a ser o desconto.

Por exemplo, ao adquirir um apartamento na planta, o comprador pode negociar diretamente com a construtora a escolha de materiais como pisos, revestimentos e até alterações no layout, dentro das opções oferecidas.

Outro benefício é o preço de entrada geralmente mais baixo, pois a construtora oferece condições atrativas para quem compra antecipadamente. Além disso, o pagamento pode ser feito em parcelas ao longo da obra, tornando a compra mais acessível.

Entretanto, a compra na planta também envolve riscos, como atrasos na entrega e a possibilidade de a obra não ser concluída conforme o prometido. Por isso, é fundamental verificar o histórico da construtora e analisar cuidadosamente o contrato antes de fechar negócio. A compra na planta exige planejamento e paciência, já que o imóvel só estará pronto em alguns anos, mas pode ser uma excelente oportunidade para quem busca valorização a médio e longo prazo.

 

O Que É um Lançamento Imobiliário?

 

O lançamento imobiliário é a fase em que o empreendimento é oficialmente apresentado ao mercado, marcando o início das vendas. Durante o lançamento, a construtora investe em campanhas publicitárias, eventos de apresentação e condições especiais de pagamento para atrair os primeiros compradores. Essa etapa é crucial para o sucesso do projeto, pois a venda das primeiras unidades ajuda a financiar a construção e dá credibilidade ao empreendimento. No lançamento, é comum que a construtora ofereça vantagens como preços promocionais e facilidades no pagamento.

Por exemplo, um lançamento pode incluir um evento de apresentação com visitas ao stand de vendas, onde são expostas maquetes, plantas e decorados.

Outro exemplo é a oferta de descontos ou bônus para quem adquirir unidades nos primeiros meses de venda. A intenção é atrair compradores que buscam boas oportunidades, com a vantagem de escolher as melhores unidades, como andares altos ou apartamentos de frente para a rua.

É importante destacar que nem todo imóvel em lançamento está na planta. O lançamento pode ocorrer com o empreendimento já em construção ou até mesmo com as obras avançadas, o que reduz o risco de atraso e torna a compra mais segura. No entanto, o preço tende a ser mais alto em comparação à fase inicial de vendas na planta, uma vez que o avanço da obra agrega valor ao imóvel. Avaliar o estágio de construção e as condições oferecidas no lançamento é essencial para tomar a decisão mais vantajosa.

 

Diferenças nos Riscos e Vantagens de Cada Fase

 

Comprar um apartamento na planta e adquirir um imóvel em lançamento têm diferenças significativas em termos de riscos e vantagens. Quando se opta pela compra na planta, o comprador tem a chance de adquirir o imóvel com um valor inicial mais baixo e com possibilidades de personalização, mas assume o risco de atrasos na obra e variações na qualidade final da construção. Já no lançamento, o imóvel pode estar em diferentes estágios de construção, reduzindo o risco de atraso, mas o preço geralmente é mais elevado.

Por exemplo, se o comprador busca maior valorização e está disposto a esperar pela conclusão da obra, a compra na planta pode ser mais vantajosa.

Outro exemplo é para quem prioriza a segurança e a previsibilidade: adquirir uma unidade em lançamento com a obra já avançada oferece mais garantias quanto ao prazo de entrega. No entanto, a possibilidade de personalização é menor à medida que a construção avança.

Assim, a escolha entre comprar na planta ou em lançamento depende do perfil e dos objetivos do comprador. Investidores geralmente optam por adquirir na planta para maximizar a valorização, enquanto quem busca um imóvel para morar com menor risco pode preferir o lançamento, especialmente se a obra já estiver em estágio avançado. Compreender essas diferenças ajuda a alinhar a escolha à estratégia de compra e ao planejamento financeiro do comprador.

 

Formas de Pagamento e Condições em Cada Fase

 

As condições de pagamento variam significativamente entre a compra na planta e no lançamento. Ao comprar na planta, é comum que o pagamento seja dividido em parcelas ao longo da obra, facilitando o fluxo de caixa do comprador. Normalmente, a construtora oferece condições mais flexíveis, como parcelas mensais durante a construção e um saldo maior para quitação na entrega das chaves. Essa modalidade atrai quem precisa de mais tempo para organizar as finanças e prefere diluir o pagamento em etapas.

Por exemplo, ao comprar um imóvel na planta, o comprador pode pagar 30% do valor durante a obra e financiar os 70% restantes na entrega.

Outro exemplo é a possibilidade de usar o FGTS para complementar o pagamento na fase de construção, tornando o investimento mais acessível. Além disso, há a opção de negociar diretamente com a construtora, o que pode resultar em condições vantajosas, como descontos por pagamento à vista ou redução de juros em parcelas.

No lançamento, especialmente quando o empreendimento já está em construção ou perto da conclusão, o pagamento tende a ser mais tradicional, com uma entrada maior e a opção de financiamento bancário imediato. Nesse caso, o comprador precisa estar preparado para arcar com uma entrada significativa e iniciar o financiamento de forma mais rápida. Para quem tem recursos disponíveis e busca um processo de aquisição mais rápido, o lançamento oferece essa vantagem. Porém, o custo final pode ser mais elevado em comparação à compra na planta.

 

Impactos no Financiamento Imobiliário

 

A fase de compra também influencia a forma como o financiamento imobiliário é estruturado. Na compra de um apartamento na planta, o financiamento bancário só é liberado após a emissão do Habite-se, que ocorre quando a obra está concluída e regularizada. Durante a construção, o comprador geralmente lida com parcelas vinculadas à construtora. Esse modelo é interessante para quem deseja organizar o pagamento de forma gradual, mas exige planejamento para o momento da entrega, quando o financiamento entra em vigor.

Por exemplo, se o comprador adquire o imóvel na planta, ele paga parcelas menores durante a obra e, na entrega das chaves, pode optar por financiar o saldo devedor em um banco.

Outro exemplo é a possibilidade de utilizar o saldo do FGTS no momento da contratação do financiamento, o que ajuda a reduzir o valor das parcelas. No entanto, é fundamental estar preparado para o ajuste financeiro que ocorre na fase final, quando o saldo devedor é quitado ou financiado.

Já no lançamento, o financiamento pode ser contratado de imediato, dependendo do estágio da obra. Quando o imóvel já está próximo da conclusão, o comprador pode financiar o valor total logo após a assinatura do contrato, garantindo previsibilidade nas parcelas e simplificando o processo. Esse modelo é ideal para quem já tem a entrada disponível e não quer lidar com pagamentos escalonados durante a construção. Assim, a fase da compra afeta diretamente o planejamento do financiamento e deve ser cuidadosamente avaliada.

 

Valorização Potencial em Cada Fase

 

A valorização é uma das principais considerações ao escolher entre comprar na planta ou no lançamento. Imóveis adquiridos na planta tendem a valorizar mais durante a fase de construção, especialmente se o empreendimento estiver em uma localização estratégica ou em uma área em desenvolvimento. Como o preço inicial é mais baixo, o potencial de ganho é maior à medida que a obra avança e a infraestrutura da região melhora. Investidores costumam optar pela compra na planta justamente para aproveitar essa valorização progressiva.

Por exemplo, ao adquirir um apartamento na planta em uma área que receberá novas estações de metrô ou grandes empreendimentos comerciais, o comprador pode observar uma valorização expressiva até a entrega do imóvel.

Outro exemplo é a valorização decorrente da finalização de obras que melhoram a infraestrutura do bairro, como a pavimentação de ruas e a instalação de iluminação pública. Esses fatores agregam valor ao imóvel, tornando a compra na planta atrativa para quem busca retorno financeiro.

No lançamento, a valorização ainda ocorre, mas o ritmo tende a ser mais moderado, especialmente se a obra já estiver em estágio avançado. Nesse caso, o comprador paga um preço mais próximo ao valor de mercado, reduzindo o potencial de ganho. Porém, o risco também é menor, já que a obra está em andamento e há mais garantias quanto à entrega. Assim, o comprador precisa equilibrar o desejo de valorização com a segurança oferecida por cada fase para fazer a escolha mais alinhada aos seus objetivos.

 

Personalização e Flexibilidade no Projeto

 

A compra na planta oferece ao comprador a vantagem de personalizar o imóvel de acordo com suas preferências, algo que dificilmente é possível em lançamentos com a obra em andamento. Durante a fase inicial de construção, a construtora costuma permitir a escolha de acabamentos, como pisos, revestimentos e até alterações no layout, como ampliação de ambientes. Essa flexibilidade é especialmente atraente para quem deseja adaptar o imóvel às suas necessidades e gostos pessoais.

Por exemplo, em muitos empreendimentos na planta, o comprador pode optar por trocar o piso cerâmico por porcelanato ou escolher a cor das paredes antes da finalização da obra.

Outro exemplo é a possibilidade de incluir mobília planejada diretamente com a construtora, resultando em um acabamento mais integrado e valorizando o imóvel. Além disso, algumas construtoras oferecem opções de plantas flexíveis, permitindo que o comprador escolha entre dois ou três layouts diferentes.

Já em lançamentos com a obra avançada ou concluída, as opções de personalização são limitadas. O imóvel é entregue pronto, com acabamentos padronizados, o que reduz a flexibilidade para alterações. Nesses casos, qualquer personalização extra exigirá reformas após a entrega, o que pode gerar custos adicionais. Portanto, a compra na planta é mais indicada para quem valoriza a personalização, enquanto o lançamento oferece a vantagem de um imóvel pronto, mas com menor flexibilidade.

 

Análise do Histórico da Construtora

 

Um aspecto fundamental ao considerar a compra de um imóvel, seja na planta ou em lançamento, é o histórico da construtora. A reputação da empresa, seu portfólio de projetos entregues e o cumprimento de prazos são fatores que garantem maior segurança na transação. Imóveis comprados na planta envolvem mais riscos, pois o comprador depende da solidez financeira da construtora e da sua capacidade de entregar a obra conforme o prometido. Por isso, pesquisar o histórico da empresa é indispensável.

Por exemplo, ao adquirir um apartamento na planta, verificar se a construtora já entregou outros empreendimentos no prazo e com a qualidade prometida é uma medida que reduz o risco de atrasos ou problemas na entrega.

Outro exemplo é conferir se a construtora tem boas avaliações de clientes anteriores, o que pode ser feito em sites especializados e redes sociais. Uma empresa com histórico sólido oferece maior tranquilidade ao comprador, pois demonstra compromisso com a execução do projeto.

Em lançamentos onde a obra já está em andamento ou perto da conclusão, o risco é menor, mas ainda é importante avaliar o histórico da construtora. Mesmo em fases mais avançadas, problemas como acabamento de baixa qualidade ou entregas com pendências podem ocorrer. Além disso, verificar se a empresa está financeiramente estável ajuda a evitar surpresas desagradáveis, como paralisação da obra ou falência. Essa análise é uma etapa crucial para garantir que o investimento seja seguro.

 

Garantias e Segurança Jurídica em Cada Fase

 

A segurança jurídica e as garantias oferecidas pela construtora variam conforme a fase de compra. Na compra na planta, o comprador conta com a proteção da Lei 4.591/64 (Lei do Condomínio e Incorporações), que assegura a entrega do imóvel conforme o contrato e prevê a devolução dos valores pagos em caso de descumprimento. Além disso, o contrato deve incluir cláusulas detalhadas sobre prazos, materiais utilizados e condições de pagamento, garantindo maior transparência na negociação.

Por exemplo, se a construtora atrasar a entrega do imóvel além do prazo previsto em contrato, o comprador tem o direito de exigir indenização ou até rescindir o contrato com a devolução dos valores corrigidos.

Outro exemplo é a importância de registrar o contrato de compra e venda em cartório, o que oferece mais segurança em caso de disputas judiciais. Assim, a compra na planta pode ser segura desde que o comprador esteja atento às garantias legais e escolha uma construtora de confiança.

Em lançamentos com a obra em andamento ou concluída, a segurança jurídica está mais consolidada, pois o imóvel já existe fisicamente e os riscos são menores. No entanto, é importante garantir que toda a documentação esteja regularizada, como o Habite-se e a matrícula atualizada no cartório de registro de imóveis. Além disso, conferir se o imóvel está livre de dívidas e pendências legais evita problemas futuros. Tanto na planta quanto no lançamento, contar com assessoria jurídica especializada é uma prática recomendada para garantir uma transação segura e sem imprevistos.

 

Com essas informações detalhadas sobre as diferenças entre comprar um imóvel na planta ou em lançamento, você pode avaliar qual opção se encaixa melhor nas suas necessidades, seja para investimento ou para moradia. A escolha entre uma e outra fase depende do seu perfil, planejamento financeiro e objetivos a longo prazo. Avaliar todos os fatores mencionados garante uma decisão mais informada e alinhada às suas expectativas no mercado imobiliário.

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Colunista

Luiz Carlos Da Silva Oliveira

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