Entenda a Documentação Ao Comprar Imóveis Usados Financiados

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Entenda a Documentação Ao Comprar Imóveis Usados Financiados

Dúvidas comuns sobre avaliação e custos em imóveis financiados pela Caixa

 

  1. O Papel da Avaliação no Financiamento de Imóveis Usados

 

Ao financiar um imóvel usado, a avaliação realizada pelo engenheiro da Caixa Econômica Federal é crucial. Ela determina o valor máximo que o banco pode liberar como financiamento, baseando-se nas condições estruturais, localização e preços de mercado similares. Por exemplo, se um imóvel está sendo vendido por R$ 500.000, mas a avaliação da Caixa o coloca em R$ 450.000, o financiamento será baseado no valor mais baixo. A confusão com relação ao valor da documentação surge exatamente nesse ponto: ela pode variar conforme a avaliação ou o valor de venda, o que abordaremos mais à frente.

 

  1. Diferença Entre Valor de Venda e Valor Avaliado

 

É comum a discrepância entre o valor de venda acordado entre comprador e vendedor e o valor avaliado pela Caixa. O valor de venda é aquele negociado entre as partes, enquanto o valor avaliado é o que a Caixa considera como base para o financiamento. Por exemplo, você pode negociar a compra por R$ 300.000, mas se o engenheiro da Caixa avaliar o imóvel em R$ 280.000, esse será o valor utilizado como referência para cálculo do financiamento. A confusão sobre a documentação também pode surgir nesse ponto, pois muitos acreditam que as taxas devem ser pagas sobre o valor negociado, e não o avaliado.

 

  1. Documentação do Imóvel: Valor Avaliado ou Valor de Venda?

 

Uma dúvida recorrente de quem financia imóveis usados é sobre qual valor baseia o custo da documentação: o valor avaliado pela Caixa ou o valor de venda. Em geral, os custos de escritura e registro no cartório são calculados com base no maior valor entre o avaliado e o de venda. Por exemplo, se o valor avaliado for R$ 200.000, mas o imóvel for vendido por R$ 220.000, as taxas tendem a ser calculadas sobre R$ 220.000. Isso explica a divergência de informações que você pode ter recebido, já que a prática pode variar de acordo com o cartório e as normativas locais.

 

  1. A Importância da Assessoria Jurídica Imobiliária

 

Contar com a orientação de um advogado especializado em transações imobiliárias pode evitar surpresas desagradáveis. Esse profissional analisa toda a documentação e esclarece se as taxas devem ser pagas sobre o valor avaliado ou de venda. Por exemplo, em uma negociação onde o valor de venda foi fixado em R$ 400.000 e o engenheiro avaliou o imóvel em R$ 390.000, o advogado pode orientar sobre como proceder com a documentação e as taxas cartoriais, minimizando riscos e evitando mal-entendidos.

 

  1. O Papel do Corretor de Imóveis na Orientação do Cliente

 

O corretor é uma peça fundamental no processo de compra de imóveis usados, especialmente em casos de financiamento. Ele deve esclarecer desde o início como funcionam as avaliações e quais valores influenciam os custos de documentação. Por exemplo, ao acompanhar um comprador que se interessa por um imóvel de R$ 250.000, o corretor deve explicar que, se a avaliação da Caixa for menor que esse valor, isso afetará não só o financiamento, mas também os custos documentais. Um corretor bem-preparado diminui as chances de confusão e incertezas no processo.

 

  1. Taxas e Custos Adicionais no Financiamento de Imóveis Usados

 

Além da escritura e registro, há outros custos envolvidos na compra de um imóvel usado, como a taxa de avaliação da Caixa e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis). O valor dessas taxas pode variar dependendo do município e do valor base escolhido. Por exemplo, em uma cidade onde o ITBI é 3%, o imposto sobre um imóvel avaliado em R$ 300.000 seria de R$ 9.000. Se o valor de venda fosse superior ao avaliado, o cálculo mudaria, criando a dúvida sobre qual valor serve como base. Isso reforça a necessidade de entendimento claro dos critérios aplicados.

 

  1. Financiamento e o LTV: Relação Entre Valor e Empréstimo

 

LTV (Loan-to-Value) é uma métrica usada no financiamento que define a proporção entre o valor financiado e o valor do imóvel. O LTV da Caixa pode variar de acordo com o perfil do comprador e o tipo de imóvel. Se o imóvel for avaliado em R$ 200.000 e o LTV for de 80%, o financiamento máximo será de R$ 160.000, independentemente do valor negociado. Isso influencia também a documentação, já que o percentual de entrada a ser pago à vista impacta diretamente os custos finais. Entender esses conceitos ajuda a esclarecer o motivo das diferentes opiniões sobre o valor base para as taxas.

 

  1. Processo de Avaliação: Como Funciona e o Que Considera

 

O engenheiro da Caixa realiza uma vistoria detalhada no imóvel para determinar o valor de mercado. Ele analisa aspectos como conservação, metragem e até possíveis problemas estruturais. Por exemplo, se em uma visita for identificado um problema grave de infiltração, isso pode reduzir o valor da avaliação, afetando o financiamento e o custo das taxas. A falta de clareza nesse processo pode gerar confusão, como no caso de se pensar que o valor de venda seria o único critério a ser considerado. Saber como ocorre a avaliação ajuda a evitar expectativas desalinhadas.

 

  1. Diferenças Regionais nas Regras de Documentação

 

Embora existam diretrizes gerais, cada estado e município pode ter variações nas normas sobre documentação. Em alguns locais, os cartórios seguem rigorosamente o valor da avaliação para definir as taxas, enquanto em outros, o valor de venda prevalece. Por exemplo, em São Paulo, as normas podem exigir que o cálculo seja feito com base no valor mais alto entre a avaliação e o preço negociado. Já em cidades menores, pode haver flexibilidade, sendo possível usar apenas o valor da avaliação. Esse fator regional também contribui para as divergências que você pode ter ouvido.

 

  1. Dicas Práticas Para Evitar Problemas Durante a Compra

 

Antes de finalizar a compra, é essencial verificar todos os detalhes que podem gerar custos adicionais. Consultar diferentes fontes e especialistas ajuda a esclarecer se a documentação deve ser calculada com base no valor de venda ou na avaliação da Caixa. Por exemplo, antes de fechar um contrato de R$ 350.000, peça uma estimativa detalhada ao cartório para saber exatamente qual valor será considerado. Isso evita surpresas e garante que você esteja ciente de todos os custos envolvidos, prevenindo a confusão que pode surgir durante o processo de compra financiada.

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Colunista

Luiz Carlos Da Silva Oliveira

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